Abril Azul: conscientização e inclusão do autismo em foco

O Mês de Conscientização do Autismo vai além de dedicar 30 dias à causa – é uma oportunidade de aprender mais, compartilhar conhecimento e fomentar a inclusão ao longo do ano todo. Se você é pai de uma criança atípica, conhece alguém autista ou um adulto que recebeu o diagnóstico tardio, ou se tem interesse em aprender mais sobre o autismo e como contribuir para a inclusão, continue com a gente! Temos algumas dicas para te ajudar.
Em 2020, houve um salto gigantesco: um caso do transtorno a cada 36 crianças, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Essa é uma oportunidade não apenas para aumentar a compreensão sobre o autismo, mas também para refletir sobre o papel da sociedade na criação de um ambiente mais acolhedor, acessível e igualitário para pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Esse aumento nos casos de autismo nas últimas décadas pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o avanço no diagnóstico e maior conscientização sobre o transtorno. Antigamente, o autismo era muitas vezes mal compreendido ou erroneamente diagnosticado, o que dificultava a identificação de novos casos. Com o aumento das pesquisas e a melhoria nas ferramentas de diagnóstico, mais pessoas, incluindo adultos, têm sido diagnosticadas, especialmente em casos mais leves do espectro.
No Brasil, diversas ações positivas têm sido implementadas para promover a inclusão das pessoas com autismo, especialmente nas escolas. A legislação brasileira torna ilegal a recusa da matrícula de uma criança autista devido ao transtorno. Além disso, as escolas devem produzir o Plano Educacional Individualizado (PEI), que é um documento que define as estratégias e adaptações necessárias para o aprendizado do aluno com TEA, levando em conta suas necessidades específicas. A lei também garante acompanhamento especializado em sala de aula, para proporcionar um ambiente de aprendizado mais eficaz e inclusivo.
Fora do ambiente escolar, o Brasil tem avançado na criação de espaços inclusivos, com iniciativas em shoppings, aeroportos e até estádios de futebol, que agora oferecem salas sensoriais. Esses espaços são projetados para atender pessoas neurodivergentes, proporcionando conforto e apoio, com recursos como abafadores de ruídos e ambientes tranquilos para momentos de desregulação emocional. Essas ações refletem um movimento crescente pela inclusão e pelo bem-estar das pessoas autistas, contribuindo para uma sociedade mais acolhedora e respeitosa.
Também tem se destacado na produção de conteúdo cultural que aborda o autismo de forma mais inclusiva e representativa. Hoje, é possível encontrar diversos filmes, livros, e até quadrinhos infantis, que não só falam sobre o espectro autista, mas também apresentam personagens autistas de forma autêntica. Esses recursos têm sido essenciais para aumentar a compreensão sobre o transtorno e contribuir para a desmistificação de estereótipos. Se você está em busca de dicas, clique aqui e confira algumas sugestões que temos para você!
Neste mês de abril, mais do que nunca, é fundamental não apenas conscientizar, mas também participar ativamente da luta pelo autismo. Uma forma de fazer isso é se engajando nas diversas caminhadas pela conscientização do autismo que acontecem em várias cidades do Brasil. Normalmente organizadas por ONGs, prefeituras, escolas ou clínicas, essas caminhadas são uma excelente oportunidade de mostrar seu apoio à causa. Se a sua cidade realizar uma, participe e vista a camisa. Quanto maior o movimento, maior será a demonstração de comprometimento e união em prol da inclusão e respeito às pessoas autistas.
Esses exemplos mostram que, quando a sociedade se compromete com a inclusão, mudanças significativas podem acontecer. Para que o futuro das pessoas com TEA seja mais promissor, é essencial que a conscientização sobre o autismo se estenda ao longo do ano e que todos se sintam responsáveis pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, é fundamental orientar as crianças desde cedo para aprenderem a acolher e respeitar os colegas neurodivergentes, promovendo um ambiente escolar e social mais inclusivo.